Exposição “Do lápis do Di ao festin das barrancas” traz obras de Di Cavalcanti a Manaus

Dono de um talento ímpar, Di Cavalcanti não foi apenas um dos artistas plásticos que conduziu o movimento modernista na década de 20, mas também atuou como designer de jóias. Desenhou croquis a pedido do amigo e joalheiro, Lucien Finkelstein. E é isso que Manaus vai poder ver na exposição “Do lápis do Di ao festin das barrancas”,  no  Centro Cultural Povos da Amazônia, de 16 de março a 30 de maio.

Os desenhos de broches, berloques e anéis chegam a Manaus com curadoria de Romaric Büel e Jacqueline Finkelstein, onze peças exclusivas estarão expostas. Cada uma com seus croquis originais e montagem de Luiz Celso, além da cenografia de Gerardo Vilaseca. Complementam a exposição seis telas (pintura a óleo) e 108 desenhos (tinta, lápis e aguada) do artista.

 

Um pouco da história da dupla

 

Os dois elaboravam juntos todas as etapas do processo de criação das peças, assinadas uma a uma pela dupla e confeccionadas em ouro 18k e esmalte. Eles foram apresentados pelo proprietário de uma livraria francesa, próxima ao Hotel Copacabana Palace. Lá, Lucien Finkelstein - jovem bibliófilo recém-chegado ao Brasil, viu pela primeira vez um quadro de Di Cavalcanti. Vindo da França pós-guerra e já constituindo família no Rio, não tinha meios de adquirir quadros. Porém, deslumbrado com o que vira, conseguiu que seu amigo livreiro o apresentasse ao pintor. A grande diferença de idade entre os dois não impediu que nascesse uma admiração mútua e uma amizade que durou trinta anos, até a morte de Di, em 1976.

Exposição:

A partir do dia 16 de março

Toda Terça a Sexta, das 8h30 às 12h e de 13h às 17h. No domingo, das 16h às 21h.

Endereço: Praça Francisco Pereira da Silva, s/n (Bola da Suframa) – Distrito Industrial.

Entrada Gratuita

Mais informações: 2123-5301